"Instrui ao menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.". (Provérbios 22:6)"

Mãe ausente: Orfãos de pais vivos?




Órfãos de pais vivos?

Essa pergunta traduz bem o efeito que a vida moderna está causando às crianças e a sociedade. Filhos deixados em segundo plano desde os primeiros meses de vida, para que mães possam sair em busca de sustento, de posições na sociedade, ou em nosso contexto cristão de posição na igreja. É este triste modelo de vida que os tempos modernos tem obrigado as mulheres a adotar.

Parece ter se instalado um preconceito geral pela maternidade, até mesmo por parte das mulheres. Todos querem saber qual o seu cargo, sua função, sua profissão, como se a maternidade não tivesse o mesmo valor, ou melhor, muito mais valor que qualquer posição na sociedade ou na igreja.

Além da cobrança financeira que tem se colocado sobre a mulher, há uma cobrança para que ela ocupe cargos, se destaque, dispute o lugar que originalmente era masculino, enfim que entre num “ativismo sem fim”, e não se dê ao luxo de parar, nem que para isso seja preciso sacrificar seus filhos. Afinal, usam o argumento de que “é tudo para garantir o futuro deles”... o que cada vez mais está sendo provado que não garante!

Em se tratando da questão financeira, qual o plano original de Deus para o sustento do lar? De quem é o papel de provedor, do homem ou da mulher?

“Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem.
A tua mulher será como a videira frutífera, no interior da tua casa;”  (SL 128)

Foi dado ''oficialmente" ao homem essa obrigação, e esse encargo. Que a mulher não deixe de ser mulher virtuosa, (Pv 31) aquela nunca abandona ou desampara sua casa, seus filhos e marido.
Melhor ainda é crer em Deus como provedor supremo. Mais do que esperar do companheiro, é esperar em Deus e descansar nEle. Costumo dizer, que se estamos trabalhando para Deus, naquilo que Ele nos chamou, Ele com prazer sustenta nosso ministério, como tem feito comigo.

Me chama muito a atenção, que psicólogos do mundo todo tem falado dos efeitos que a ausência das mães no lar tem causado nas novas gerações. A sociedade tem colhido e sofrido com esses frutos: jovens moral-espiritual e psicologicamente corrompidos.
A sociedade está sendo formada por jovens que cresceram sendo “órfãos de pais vivos “.

Achei esse artigo A mulher e o trabalho da psicóloga Maria Regina Canhos Vicentin, que exemplifica um pouco do que o próprio meio secular tem diagnosticado.

Trecho: “O mundo já está colhendo as conseqüências da ausência materna no lar. Crianças e adolescentes egocêntricos, individualistas, frios, insatisfeitos e cruéis. De onde vem isso? Da falta de atenção, oras. Da falta de disciplina e limites antigamente impostos à exaustão pelas mães de plantão. Hoje em dia, a empregada, a babá, a creche, a escolinha, são muito mais mães que qualquer mulher que tenha parido. Só que é completamente diferente do calor e carinho que a mãe pode oferecer. É certo que o contato com outras crianças favorece a socialização, incentiva as trocas afetivas e a criação de vínculos de confiança, entretanto, se nada disso se experimenta em casa fica muito mais difícil e complicado, quiçá impossível”...”Se por um lado a ausência materna do lar predispõe os filhos a uma maior independência, por outro sinaliza um real abandono que lhes trará implicações pela vida toda e que não poderão ser supridas por desculpas ou presentes”... “Pena que a mulher tenha de trabalhar tanto e deixar seus filhos aos cuidados do mundo, que até hoje nunca aprendeu a educar alguém.”

Diante disso, me vem Romanos 8.19, “a criação geme pela manifestação dos filhos de Deus”

O mundo não precisa só de profissionais, mas de filhos e filhas cumprindo seu papel para o Reino de Deus. Precisa de mães que realmente sejam mães! O Reino de Deus não será conquistado apenas pelo trabalho de pregadores, ou adoradores, ou seja aqueles que estão na linha de frente, mas é essencial também o trabalho daqueles que ficam nos bastidores, nesse caso, as “ilustres desconhecidas” mães!

Já dizia Lutero:
"O maior erro que se pode cometer na cristandade é não zelar corretamente pelas crianças. Pois se queremos que a cristandade tenha um futuro, então precisamos preocupar-nos com as crianças, como era feito antigamente."

As consequencias de filhos que crescem ao acaso estão aí para todos ver, quando tudo isso poderia ser evitado com a presença materna nos primeiros anos de vida.
Ser mãe em tempo integral não é o "monstro" que muitos pensam. É um tempo onde nos doamos à família , aos filhos e principalmente à Deus.
Nesse tempo (que aliás passa muito rápido!), deixamos um pouco de lado os nossos sonhos e interesse, para cuidar um pouquinho dos sonhos e interesses de Deus. Ora a chegada de uma criança ao mundo só é possível porque Deus à planejou, à sonhou, e escolheu pais para ela nesse mundo. O mínimo que podemos fazer é zelar com o devido respeito e atenção à esse tesouro, esse projeto humano sonhado por Deus.
Mas qual a solução para a sociedade que sofre com a ausência das mães atualmente?

A nível geral não sei... mas creio que cada família deve orar a Deus e buscar a sua solução.
A minha tem sido, colocar a maternidade diante de Deus como um Ministério em tempo integral. Ter a fé firme de que nos primeiros anos, onde é essencial minha presença no lar, Deus é o provedor desse ministério.
Nada tem nos faltado!!!

Deus nos abençoe e vamos refletir!



 

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